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O que significa 35mm? Oferecemos-te a solução

Logo 35mm

Atualmente, quando falamos de fotografia ou de vídeo, não podemos deixar de pensar no nosso telemóvel e de comparar o número de megapixels ou o número de sensores das máquinas fotográficas.

No entanto, devemos ter em conta que até há bem pouco tempo, as grandes referências em termos de fotografia eram as máquinas fotográficas analógicas e o formato mais utilizado até finais do século XX foi o de 35mm. Mas então, o que significa 35mm?

 

O que significa 35mm? A resposta

35mm é o formato de filme ou negativo utilizado tanto em cinema como em fotografia analógica ou o tamanho do sensor de imagem de 36×24mm (conhecido como “full frame» ou fotograma completo) nas câmaras fotográficas digitais.

Tendo em conta que o sensor é para as câmaras fotográficas digitais o mesmo que o filme ou o rolo para as máquinas fotográficas analógicas, 35mm é a medida que vai incidir no aspeto e na proporção da imagem que vamos obter, quer seja em fotografia, quer seja em vídeo.

De seguida, trataremos de desenvolver os diferentes significados do termo 35mm.

 

Formato 35mm

O formato 35mm foi introduzido por William Dickson e Thomas Edison em 1889.

Edison, que necessitava de um filme para o seu recém-inventado Cinetoscópio (cinematógrafo com curtas metragens), pediu ajuda à casa Kodak, que já utilizava um filme de 70mm para as suas câmaras. Edison e Dickson decidiram partir o filme da Kodak ao meio e adicionaram-lhe uma dupla perfuração para facilitar o movimento. Assim nasceu a película perfurada de 35 mm, que Edison patentearia em 1904.

Mais tarde, seria Oskar Barnack quem, com a introdução da sua câmara Leica, adaptaria o formato de filme de 35mm para o seu uso fotográfico e criaria o seu formato definitivo na década de 1920, abrindo caminho às máquinas fotográficas de rolo ou de cartucho que dominariam o mundo durante anos até à chegada da fotografia digital.

 

Imagem da primeira reportagem feita com uma câmara de 35mm na qual se mostra a inundação provocada pelo rio Lahn em Wetzlar (Alemanha) em 1920, com pessoas em pequenos barcos.
Imagem da primeira reportagem feita com uma câmara de 35mm na qual se mostra a inundação provocada pelo rio Lahn em Wetzlar (Alemanha) em 1920, com pessoas em pequenos barcos.

 

Oskar Barnack realizou a primeira reportagem feita com uma câmara de 35mm na qual se mostra a inundação provocada pelo rio Lahn em Wetzlar (Alemanha) em 1920.

 

Rolo fotográfico

35mm é também o tamanho do rolo de negativos ou do rolo fotográfico tradicional. Neste artigo não podemos deixar de falar dele, já que é um dos elementos básicos para se obter uma fotografia analógica e o responsável por proteger o nosso filme fotográfico.

O filme fotográfico é uma cinta plástica de acetato de celulose (no início era composto por celuloide) sobre a qual se estende uma emulsão de gelatina que contém uma substancia sensível à luz como é o brometo de prata.

A partir de 1888, Kodak lançou no mercado a câmara Kodak 100 vista, que utilizava rolos de filme enroláveis em vez de placas planas. Era vendida com rolo e pronta a tirar fotos.

O famoso rolo de filme de 35mm, também denominado formato 135, consiste num cartucho de metal que contém um rolo de película fotográfica de 35mm de largura e que o protege da luz.

A película fotográfica, dispõe de perfurações que permitem a sua deslocação e delimitam os fotogramas. Os fotogramas separam-se entre si dois milímetros, pelo que a película pode armazenar uma exposição por cada 38 milímetros de longitude.

O formato 135 foi desenvolvido por Kodak no ano 1934 pensando nas suas câmaras Retina e também nas Leica e nas Zeiss Ikon Contax, que já utilizavam filme de 35mm mas os rolos tinham que ser trocados num quarto escuro. Por outro lado, os rolos 135 da Kodak já vinham com a película incluída e permitia efetuar a troca em plena luz do dia.

Um fotograma avança ao arrastarmos oito perfurações. No que respeita à sua longitude, esta pode variar dependendo do número de fotogramas do cartucho (24 ou 36 exposições são os valores mais usuais). Cada exposição em formato 135 ocupa na película 36mm de largura por 24 de altura (com uma relação de 3:2).

 

Objetivo 35mm

Como já comentámos no início deste artigo, quando falamos de 35mm podemos referir-nos ao formato do filme ou ao tamanho do sensor de imagem. O sensor de imagem desempenha o papel do negativo ou filme na fotografia digital, determina o ângulo de visão e a distância focal.

Mas o que é afinal a distância focal? Imagina que estás perante uma paisagem impressionante, com um vale muito bonito, cheio de árvores frondosas e casas pitorescas.

Se a quiseres retratar e utilizas uma distância focal de 15mm, certamente que na tua fotografia ficará registada grande parte da paisagem que tens perante ti. No entanto, se utilizares uma distância focal de 250mm é provável que apenas saiam alguma casa e perderás o resto da paisagem.

O que significa isto? Que quanto maior a distância focal mais estreito será o ângulo de visão e maior será a ampliação. Por outro lado, quanto mais curta a distância focal, mais largo será o ângulo de visão e menor será a ampliação.

Resumidamente, a distância focal indica o ângulo de visão, ou seja, o que vamos captar da cena que queremos fotografar.

O que tem de particular a distância focal de um objetivo da 35mm? Se a usas numa câmara full frame (sensor de 35mm) obterás a imagem que mais se assemelha à observada pelo olho humano. Por isso, é a objetiva ideal para se fazer retratos, fotos de interiores ou inclusive para se fotografar paisagens e é, sem dúvida, a escolha perfeita para se fazer fotografia social.

 

35mm no cinema

O filme de 35mm é o formato mais utilizado ao longo da história da sétima arte e o seu nome tem origem nos 35mm que tem de largura. Segundo a norma, quando se utiliza em cinema, deve levar quatro perfurações por fotograma em ambos os lados para que se reproduza a 24 fotogramas por segundo.

Depois do uso de uma grande variedade de calibres, desde os 13mm aos 75mm, a película de 35 mm foi finalmente reconhecida internacionalmente como medida standard em 1909, e manteve-se ao longo do tempo como o formato predileto para a criação e projeção de imagens. Na realidade, durante muitas décadas, foi o único formato reproduzível em praticamente todos os cinemas do mundo.

Nos últimos cem anos a película de 35mm modificou-se e evoluiu. A possibilidade de se incluir som foi adicionada nos finais da década de 1920 e foi depois melhorada para criar uma base de filme mais segura, abandonando assim o uso do nitrato de celulose, passando a utilizar triacetato de celulose, que oferece um suporte mais seguro. Também foi reformulada para capturar cor e teve vários formatos de tamanho de ecrã (widescreen).

Atualmente as películas de filme da Kodak e da Eastman são de um polímero de poliéster sintético praticamente inalterável.

O acetato de celulose, altamente inflamável, levou a que muitos filmes anteriores a 1950 se tenham deteriorado ou perdido para sempre. Outras arderam diretamente durante a sua projeção.

Desde o início do século XXI o fabrico da película de filme de 35mm converteu-se num duopólio entre a Eastman Kodak e a Fujifilm. No entanto, em 2012 a Fujifilm anunciou a sua decisão de abandonar a produção de celuloide em analógico para se centrar no digital, ​deixando a Kodak como única empresa produtora de fita de acetato de celuloide.

Perante a possível extinção deste formato analógico, um grupo de diretores de cinema (Christopher Nolan, Quentin Tarantino, Judd Apatow, Martin Scorsese y J.J Abrams) iniciaram uma campanha de defesa deste sistema, apoiando desta forma a Kodak que sofreu uma queda de 96% das suas vendas após a chegada do formato digital, enfrentando sérios riscos de encerramento, no que implicaria o fim definitivo do formato cinematográfico de 35mm.​

A era digital levou a que as salas de cinema substituíssem os projetores de 35 mm por outros digitais. A meados de 2010, a maioria de salas em todo o mundo já se tinham digitalizado.

Felizmente, Kodak chegou a um acordo com as grandes produtoras de Hollywood e o cinema analógico volta a estar na moda.

Filmes como: The Master- o Mentor (2012), Interestellar (2014), Birdman (2014), Os Oito Odiados (2015), Dunkerque (2017) ou Bohemian Rhapsody (2018) foram gravados em formato analógico e dão um empurrão promissor para a sobrevivência do celuloide.

Star Wars VII: O despertar da força (2015), do realizador J.J. Abrams, utilizou câmaras de 35 mm para rodar grande parte do filme e criar o mesmo ambiente de há 40 anos.

O nosso breve resumo sobre o formato 35mm termina aqui. Agora que já sabes o que significa 35mm, aproveitamos para te dizer que 35mm é também agora o nome da tua escola audiovisual.

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