Equipamento básico técnico de som

Equipamento Básico que Deves Dominar como Técnico de Som

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O som é metade da experiência — seja num concerto, filme, podcast ou transmissão ao vivo. Mas por trás de uma captação limpa e uma mistura equilibrada está um técnico que conhece o seu equipamento como as palmas das mãos. Se estás a começar na área ou a consolidar conhecimentos, dominar estas ferramentas é o primeiro passo para trabalhar com profissionalismo em qualquer cenário: estúdio, eventos ao vivo, cinema ou televisão.

Neste guia, vamos explorar o equipamento essencial que todo o técnico de som deve entender, desde mesas de mistura até softwares de edição. Porque mais importante do que ter as ferramentas mais caras é saber usá-las com precisão.

Mesa de Mistura: O Cérebro de Qualquer Sistema de Áudio

A mesa de mistura (ou mesa de som) é onde todos os sinais de áudio se encontram, são processados e direcionados. Sem ela, não há controlo sobre volumes, equalização ou efeitos.

Tipos de Mesas

  • Analógicas: Usam circuitos físicos para processar o som. São intuitivas e ideais para principiantes ou situações ao vivo onde a simplicidade é chave. Exemplos: Yamaha MG Series, Soundcraft EPM.
  • Digitais: Oferecem mais funcionalidades (como efeitos integrados e recall de configurações). Requerem mais conhecimento técnico. Exemplos: Behringer X32, Allen & Heath SQ.

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Controlos Básicos que Deves Dominar

  • Ganho (Gain): Ajusta a sensibilidade de entrada para evitar distorção.
  • EQ (Equalização): Permite cortar ou reforçar frequências (ex: reduzir graves em microfones de voz).
  • Routing: Define para onde o sinal é enviado (saídas principais, auscultadores, etc.).
  • Faders: Controlam o volume de cada canal.

Dica profissional: Num concerto, marca as posições dos faders com fita de pintor para regressar rapidamente aos níveis certos após ajustes.

Microfones: Escolher o Tipo Certo para Cada Situação

Um bom técnico de som sabe que não existe um microfone universal. A escolha depende do ambiente, fonte sonora e objetivo da captação.

Principais Tipos e Usos

  1. Dinâmicos
    • Robustos e resistentes a humidade/ruído.
    • Ideais para vocais ao vivo (ex: Shure SM58) e amplificadores de guitarra (ex: Shure SM57).
  2. Condensadores
    • Mais sensíveis e detalhados, mas requerem phantom power (+48V).
    • Usados em estúdio para vocais, gravação de instrumentos acústicos ou ambientes. Exemplo: Neumann U87.
  3. Shotgun (Hipercardioides)
    • Foco direcional estreito, perfeito para cinema ou televisão (evitam captar ruído de fundo). Exemplo: Sennheiser MKH416.
  4. Lapela (Lavalier)
    • Pequenos e discretos, usados em entrevistas ou apresentações. Ligam-se à roupa do falante.

Regra de ouro: Em ambientes ruidosos, opta por microfones dinâmicos; em estúdio, prefere condensadores para maior fidelidade.

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Se trabalhas em estúdio ou produções móveis, uma interface de áudio é indispensável. Converte sinais analógicos (de microfones/instrumentos) em digital para gravação no computador, e vice-versa.

Características Importantes

  • Tipos de conexão: XLR (microfones), jack (instrumentos), USB (ligação ao PC).
  • Latência: Tempo de processamento do sinal. Interfaces com drivers dedicados (ex: Focusrite Scarlett) reduzem atrasos.
  • Pré-amplificadores: Determinam a qualidade da captação. Interfaces profissionais têm pré-amps de baixo ruído.

Para gravações simples: Uma interface de 2 canais (ex: Focusrite Scarlett 2i2) chega. Para bandas ou podcasts com vários participantes, considera modelos de 8+ canais.

Cablagem e Conectores: Evitar Desastres Técnicos

Nada mais frustrante do que falhas de áudio por cabos danificados ou ligações erradas. Conhecer os tipos de cabos e conectores é vital.

Os Essenciais

  • XLR: Padrão profissional para microfones e ligações balanceadas (reduz interferências).
  • TRS (Jack 6.35mm): Usado em instrumentos, auscultadores e ligações balanceadas.
  • RCA: Comum em equipamentos domésticos, mas menos robusto.
  • SpeakON: Para ligar colunas de potência em sistemas PA.

Problemas comuns (e soluções)

  • Ruído eletrónico: Usa cabos balanceados e afasta-os de fontes de interferência (como cabos de alimentação).
  • Mau contacto: Verifica se os conectores estão bem fixos e limpa oxidação com spray de contacto.

Monitores de Som e Auscultadores: Ouvir com Precisão

Trabalhar com colunas comuns ou auscultadores de consumo é como editar fotos num ecrã não calibrado. A precisão é tudo.

Monitores de Estúdio vs. Sistemas PA

  • Monitores de estúdio (ex: Yamaha HS8): Resposta plana para misturas fiéis.
  • Colunas PA (ex: JBL EON): Otimizadas para potência e projeção em eventos.

Auscultadores de Referência

  • Estúdio: Sennheiser HD 280 Pro, Audio-Technica ATH-M50x (isolamento acústico e resposta equilibrada).
  • Campo: Auscultadores fechados para evitar fugas de som em gravações.

Dica: Nunca confies apenas em auscultadores. Sempre que possível, testa as misturas em monitores e vários dispositivos (telemóvel, carro).

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Gravadores Portáteis: Captação de Campo Profissional

Para reportagens, documentários ou captação de ambientes, um gravador portátil é mais prático do que um computador.

Funcionalidades Chave

  • Entradas XLR com phantom power: Para ligar microfones profissionais.
  • Formatos de gravação: WAV (sem perdas) ou MP3 (para esboços).
  • Pré-amplificadores de qualidade: Evitam ruído em gravações sensíveis.

Modelos recomendados: Zoom H6 (versátil), Tascam DR-40X (económico), Sound Devices MixPre-3 (profissional).

DAWs e Plugins: O Mundo Digital da Pós-Produção

Dominar hardware é essencial, mas o trabalho não acaba aí. Software de edição (DAW) e plugins completam o kit do técnico de som.

Principais DAWs

  • Pro Tools: Padrão da indústria para cinema e música.
  • Logic Pro: Popular em estúdios caseiros (apenas para Mac).
  • Reaper: Económico e altamente personalizável.
  • Audacity: Gratuito e simples para edições básicas.

Plugins Úteis

  • Equalizadores: FabFilter Pro-Q 3 (precisão cirúrgica).
  • Compressores: Waves SSL G-Master (para controlo dinâmico).
  • Redução de ruído: iZotope RX (limpeza avançada).

Aprendizagem Contínua é a Chave

Conhecer este equipamento é o alicerce, mas a tecnologia evolui — e um bom técnico de som acompanha essa evolução. Experimenta diferentes configurações, faz testes em cenários reais e não subestimes o poder de uma boa formação.

Quer estejas a gravar um álbum, a misturar um concerto ou a captar diálogos para um filme, lembra-te: o melhor equipamento é aquele que dominas na perfeição. E isso só se alcança com prática, paciência e paixão pelo som.

Pronto para começar? Explora cursos especializados em técnico de som ou workshops práticos para aprofundar conhecimentos. O teu ouvido (e o teu portfólio) agradecem.

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